Emília Teixeira de Carvalho era filha do Prof. José Teixeira de Carvalho e D. Ceralcina de Souza Meira Teixeira. Foi professora durante mais de trinta anos em sua terra natal, Contendas, atual Brasília de Minas. Conhecida como Mestra Bila, aposentou-se no cargo de Diretora do Grupo Escolar “João Beraldo”. Como homenagem, foi dado seu nome às Escolas Combinadas da cidade, hoje Grupo Escolar “Mestra Bila”. Era casada com João Francisco da Rocha (João Vovô). Como vereadores, tiveram participação ativa na política local. João Vovô pelo partido da UDN, enquanto Mestra Bila pelo PSD.
João de Almeida Ferber nasceu em São João Del Rei, Minas Gerais no dia 30 de agosto de 1898. Filho de João Amélio Ferber e Josina de Almeida Ferber, casou-se com Aracy Pereira Ferber com quem teve quatro filhos: Amaryllis, Amyris, Ammy e Acy. Desempenhou trabalhos como fotógrafo, desenhista, pintor e professor da Escola de Belas Artes em Belo Horizonte. Em 1938 mudou-se para a cidade de Corumbá em Mato Grosso, onde trabalhou na construção da Estrada de Ferro Brasil – Bolívia e ergueu algumas casas e escolas na região. Faleceu em 01 de janeiro de 1971.
João Bart Silva Araújo, nasceu em Visconde do Rio Branco, Minas Gerais, em 22 de fevereiro de 18–. Filho de João da Silva Araújo e Maria Cândida da Silva Araújo.
Formou no curso de Humanidades equivalente ao de Filosofia, na cidade de Ouro Preto (MG). Teve como colegas de curso Melo Viana, Arthur Bernardes e Braguinha Ouro. Exerceu o cargo de Delegado de Polícia e Coletor de Rendas Federais em Ubá (MG) e Coletor Estadual em Aimorés (MG). Faleceu em 07/12/1948.
Jayr Nabuco Carneiro Pereira da Silva Porto nasceu em Niterói, em 31 de agosto de 1899. Casou-se com a suíça Emily Marie Sophie Porto Blanc com quem teve 5 filhos.
Atuou no setor de mineração de ferro, inicialmente através da Caraça Ferro e Aço, cuja mina era localizada no Pico S. Luiz, em Catas Altas, MG. Criou também no Morro do Chapéu, Nova Lima-MG a Manganoférrea Mineração S/A, empresa constituída juntamente com seu filho Jacques Porto (também grande protagonista da mineração, presidente do Sinferbase – Sindicato Nacional da Indústria da Extração de Ferro e Metais Básicos e um dos criadores do Ibram – Instituto Brasileiro de Mineração). Pai e filho eram grandes entusiastas da mineração o que torna indissociáveis as obras de um das do outro. As empresas terminaram por ser adquiridas pela Cia Vale do Rio Doce, dentro dos primeiros movimentos de concentração do setor no Brasil.
Jayr Porto viveu certamente adiante de seu tempo. Dentre os projetos aos quais se dedicou destaca-se o estudo para a transformação do Rio Doce em canal navegável, ligando a região ao porto de Aracruz, no ES, solução para o escoamento da produção da região e para o recebimento das importações, tão fundamentais ao país, que ainda aspirava por sua industrialização. Esse estudo foi publicado em julho de 1954 pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e chegou a ser levado ao senado federal, pelo senador Atílio Vivacqua, ES, mas esse projeto não se concretizou.
Jayr Porto faleceu em 1968, no Rio de Janeiro.
Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco, conhecida como Joaquina do Pompéu, nasceu em Mariana (MG), no dia 20 de agosto de 1752, e faleceu a 14 de dezembro de 1824.
Era filha de um advogado português que residia em Pitangui e parente dos Condes de Valadares. Ficou famosa como grande latifundiária e administradora, conquistando enorme prestígio político. Transformou a Fazenda do Pompéu em uma grande propriedade abrangendo os municípios de Pitangui, Paracatu, Abaeté e Dores do Indaiá.
Casada com capitão Inácio de Oliveira Campos, teve 10 filhos. Pertenceram a sua linhagem, numerosas famílias dominantes na vida econômica, social e política do Estado de Minas Gerais. Entre essas, encontram-se os Melo Franco, Benedito Valadares, Gustavo Capanema, José de Magalhães Pinto, Olegário Maciel e Ovídio de Abreu.
A família Caldeira Brant tem sua origem em Portugal com a mudança de Jan van Brabant para aquele país. Jan van Brabant nasceu em Antuérpia, Bélgica, em 10 de março de 1643, filho de Paul van Brabant e Cornélia Keteler, descendente, de uma longa linhagem de nobres. Jan van Brabant, quando cônsul em Lisboa, adotou o nome materno, Keteler, e o traduziu para a Língua Portuguesa: Caldeira.
Naturalizou-se português sob o nome de João Caldeira Brant. Um de seus filhos, Ambrósio Caldeira Brant, veio para o Brasil, casou-se com Josefa de Souza e Silva e teve 4 filho, Felisberto, Joaquim, Conrado e Sebastião.
FELISBERTO CALDEIRA BRANT, nasceu em São João Del Rei no início do século XVIII. Foi um importante contratador de diamantes do distrito Diamantino/MG em meados do século XVIII. Foi casado com Branca de Almeida Lara, com que teve 5 filhos: Ana Francisca, Jacinta Narciza, Gregório, Ignácio Felisberto e Tereza Joaquina.
JOÃO GOMES DA SILVA, genro de Felisberto, nasceu nas primeiras décadas do século XVIII e faleceu no início do XIX, foi administrador da tropa da Real Extração de Diamantes de Paraúna e segundo alferes da Companhia de Cavalaria Auxiliar da nobreza do arraial do Tejuco. Casou-se pela primeira vez com D. Maria Efigenia Gomes e depois em 1781, com D. Tereza Joaquina Felisberta Caldeira Brant.
EDWARD WILLIAM JACOBSON LOTT, nasceu em 04/06/1812 na Inglaterra e faleceu no Serro, em 1900. Veio para o Brasil como comissário da companhia The Candonga Gold Mining Ltda. Casou-se com Maria Teresa da Silva Teixeira Caldeira Brant, neta de Felisberto Caldeira Brant.
HERMANO FELISBERTO CALDEIRA LOTT é filho de Edward Willian Jacobson Lott e Maria Teresa S. T. Caldeira Brant. Fez carreira no serviço público de Minas Gerais, aposentando-se na Secretaria do Interior.
Donato Donati, Jornalista italiano nascido em 1866 em Florença, na Toscana, emigrou para o Brasil em 1890. Em São Paulo foi redator do jornal “Avanti” e em Belo Horizonte participou da comissão redatora de “O Operário”, contribuindo como correspondente de várias publicações européias. Em 1897, em Belo Horizonte, promoveu a fundação da Societá de Mutuo Soccorso e, em seguida, presidiu a Liga Operária, tornando-se presidente do Centro Operário Sindical e da Federação do Trabalho do Estado de Minas Gerais. Em 1910, participou ativamente da campanha civilista em favor do candidato Rui Barbosa e em 1918 elaborou uma minuta para a regulamentação de leis trabalhistas, resultado de um trabalho com o então Vice-Presidente do Estado, Dr. Melo Viana. A minuta foi apresentada à Câmara dos Deputados da República no Rio de Janeiro com as seguintes propostas: jornada de oito horas e seis dias semanais; construção de casas operárias; indenização por acidente de trabalho; limitação da jornada do trabalho feminino e dos menores de 14 anos; valorização dos contratos coletivos; pensões para a velhice; fixação do salário mínimo e obrigatoriedade da instrução primária. Como humanista, Donati foi defensor de ideais de solidariedade, cidadania, educação e justiça social.
Faleceu em fevereiro de 1928.
Juscelino Barbosa nasceu no distrito de Santa Cruz da Chapada, município de Minas Novas (MG), no dia 13 de junho de 1875, e faleceu em Belo Horizonte (MG), a 9 de outubro de 1947.
Formou-se em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1894, e em Ciências Sociais pela Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, em 1896. Com apenas 21 anos, elegeu-se Deputado Federal no ano de 1895.
Durante o período compreendido entre 1898 a 1903, exerceu o cargo de Promotor de Justiça da Comarca de Teófilo Otoni (MG), cidade em que fundou e dirigiu o semanário Mercure. Casou-se com Tomásia Pires Barbosa, com quem teve três filhos: Leopoldo Barbosa, Juscelino Barbosa Filho e Sylvio Barbosa.
Nos anos de 1902 e 1903, foi Chefe de Polícia e Comandante-Geral da Brigada Policial de Minas Gerais. No período entre 1903 a 1905, foi Advogado-Geral do Estado, e, em 1905, foi o primeiro prefeito, por nomeação, do município de Poços de Caldas (MG). Em 1908, dirigiu a Fiscalização de Rendas do Estado e, em seguida, dirigiu a Secretaria da Fazenda até 1910.
Foi um dos fundadores do Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais, em 1911. Neste mesmo ano, fundou a Companhia Industrial e Agrícola Riacho Fundo e presidiu a Sociedade Mineira de Agricultura. Em 1912, foi Inspetor do Governo Federal, junto a Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, e Diretor da Rede Sul-Mineira de Viação, em 1916.
De 1912 a 1930, regeu a cátedra de Direito Comercial, de Legislação Comparada e de Direito Romano na Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais. Jornalista de intensa atividade, lançou em 1928, com Pedro Aleixo e Álvaro Mendes Pimentel, o jornal Estado de Minas, do qual foi o primeiro diretor.