Dermeval José Pimenta

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Tipo de entidade

Pessoa

Forma autorizada do nome

Dermeval José Pimenta

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      Outra(s) forma(s) de nome

        identificadores para entidades coletivas

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        Datas de existência

        1893-1991

        Histórico

        Dermeval José Pimenta nasceu em São João Evangelista, distrito do município de Peçanha, em 6 de fevereiro de 1893. Filho de Josefina de Carvalho Pimenta e de Cornélio José Pimenta, Coronel da Guarda Nacional e figura de destaque na sociedade mineira no século XIX. Casou-se com Lúcia Pinheiro Pimenta, filha de João Pinheiro da Silva, o que contribuiu para solidificar sua influência política e social.

        Sua formação aconteceu no Seminário de Diamantina, referência durante o século XIX, por onde também passaram outros políticos de destaque no cenário mineiro e nacional como Juscelino Kubitschek de Oliveira. Sua experiência acadêmica desenvolveu-se na Escola de Minas de Ouro Preto, onde recebeu o diploma de Engenheiro de Minas e Civil no ano de 1918. É também relevante citar a conquista do título de “Economista Profissional” concedido pelo Conselho Federal de Economistas Profissionais, em 1966, por motivo das diversas publicações e estudos que desenvolveu nesta área.

        Iniciou a carreira de engenheiro na Estrada de Ferro Central do Brasil, em 1919, ocupando o cargo de engenheiro auxiliar de construção do ramal de Mariana a Ponte Nova. Em 1921, assumiu o posto de engenheiro presidente e engenheiro-chefe da construção da Estrada de Ferro Paracatu, em Minas Gerais.

        Promoveu, durante a década de 1920, a construção da usina hidrelétrica da cachoeira de São Nicolau, em sua cidade natal, onde também instalou o serviço de iluminação pública, ocupando a presidência da Companhia Força e Luz Evangelistana. Na ocasião, militou por algum tempo na política local, tendo chegado a eleger-se Agente Executivo Municipal.

        Também desempenhou as funções de engenheiro fiscal das obras de remodelação da estância hidromineral de Poços de Caldas e foi engenheiro residente de estradas de rodagem no sul do Estado de 1928 a 1931.

        Durante o governo de Olegário Maciel (1930-1933), foi criada a Rede Mineira de Viação – RMV, onde Dermeval José Pimenta ingressou em 28 de março de 1931 como engenheiro residente, em Barra Mansa – Rio de Janeiro. Ainda neste órgão, foi engenheiro-chefe dos Departamentos Comercial, de Contabilidade e de Transporte em 1934, chegando ao cargo de diretor no ano de 1937, no qual permaneceu até 1943.

        Outra conquista de sua carreira profissional e política foi sua posse à frente da Secretaria Estadual da Viação e Obras Públicas por nomeação do Governador Benedito Cordeiro dos Campos Valadares, com um mandato de dois anos, de abril de 1943 a novembro de 1945.

        O ápice da carreira de Dermeval José Pimenta foi alcançado em 1946, por conta de sua nomeação, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, para a presidência da Companhia Vale do Rio Doce – CVRD, onde conseguiu levantar recursos financeiros significativos junto ao governo federal, para que a empresa pudesse dar continuidade a suas atividades. Dermeval José Pimenta permaneceu na CVRD até o ano de 1951, sendo um dos responsáveis pela sua nacionalização.

        Assumiu novamente a direção da Rede Mineira de Viação no ano de 1951, a convite do governador Juscelino Kubitschek. Neste período foi convocado pelo governo, em 1956, a visitar a feira permanente de Hannover na Alemanha, bem como suas usinas siderúrgicas e automobilísticas, com o objetivo de buscar investimentos estrangeiros para o estado de Minas Gerais. Também percorreu, a convite de industriais da França e da Itália, as usinas siderúrgicas e as fábricas de material ferroviário destes países. No mesmo ano, foi designado pelo Governo de Minas a integrar a comissão mista nipo-brasileira para conhecer as indústrias siderúrgicas do Japão, buscando apoios técnico e financeiro para a instalação da USIMINAS.

        Em 1959, como diretor superintendente da Rede Mineira de Viação, recebeu uma bolsa de estudos, patrocinada pela International Cooperation Administration – I.C.A. – para visitar, nos Estados Unidos, as estradas de ferro e as indústrias de fabricação de material ferroviário, rodante e de tração.

        No decorrer da década de 1960, acumulou cargos relevantes como a presidência da Companhia de Aços Especiais de Itabira (ACESITA), a direção do setor financeiro da Giustina do Brasil S/A (1966) e da Companhia de Cerâmica João Pinheiro, em Caeté.

        Dermeval José Pimenta também foi sócio fundador da Sociedade Mineira de Engenheiros – SME – onde exerceu os cargos de vice-presidente e presidente dos Conselhos Consultivo e Deliberativo.

        Além da atuação no cenário político-econômico do Estado, Dermeval José Pimenta também deixou sua contribuição em organizações culturais como o Conselho Estadual de Cultura e o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, dos quais assumiu a presidência no ano de 1968. Nestas instituições incentivou e desenvolveu projetos e discussões que contribuíram para a formação da identidade de Minas Gerais. É importante ressaltar, ainda, que Dermeval José Pimenta foi um intelectual de vanguarda no que diz respeito aos estudos sobre a “Estrada Real”, a qual era tratada por “Caminhos de Minas Gerais”.

        Como escritor publicou diversos trabalhos, entre eles: Angra dos Reis (1933); Os mineiros do sul fluminense (1934); A revolução das estradas de Minas Gerais (1944); O minério de ferro na economia nacional (1950); A posição do engenheiro na revolução social do Brasil (1953); Aspectos econômicos de Minas Gerais; Transporte de Minério, em larga escala, do centro de Minas ao litoral (1953); Posição de Minas Gerais na exportação de minério de ferro (1955); Estradas de ferro eletrificadas do Brasil (1957); Conselheiro Cristiano Benedito Otoni; A mata do Peçanha, sua história e sua gente; Implantação da grande siderurgia em Minas Gerais e Transporte de matérias-primas e produtos siderúrgicos (1957) e A Vale do Rio Doce & sua história (1981). Faleceu em 1991 em Belo Horizonte (MG).

        Locais

        Estado Legal

        Funções, ocupações e atividades

        Mandatos/fontes de autoridade

        Estruturas internas/genealogia

        Contexto geral

        Área de relacionamentos

        Área de pontos de acesso

        Pontos de acesso de assunto

        Pontos de acesso local

        Ocupações

        Área de controle

        Identificador de autoridade arquivística de documentos

        Identificador da entidade custodiadora

        Regras ou convenções utilizadas

        Estado atual

        Final

        Nível de detalhamento

        Parcial

        Datas de criação, revisão e eliminação

        Idioma(s)

          Sistema(s) de escrita(s)

            Fontes

            Notas de manutenção