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Datas de existência
Histórico
Francisco de Assis Gonçalves, Sô Cotta, nasceu em 28 de abril de 1847, no distrito de Santa Maria, município de Itabira, MG. Era filho de Sotero Gonçalves Couto e Izabel Cândida de Oliveira Drummond.
Casou-se com Maria Felizarda Drummond (Mariquinhas), sua prima com quem teve sete filhos.
Fazendeiro e negociante, também exerceu a função de rábula, advogado sem formação acadêmica. Esta atividade ocupou boa parte do seu tempo, no receber incumbências de comprar, vender, e alugar casas, terrenos e escravos, promover inventários, além de resolver demandas e outras pendências. Foi constituído, por negociantes matriculados pelo Tribunal do Comércio do Império, como seu Procurador na Província de Minas Gerais e do Rio de Janeiro e nas demais partes do Império.
Como fazendeiro, Sô Cotta produzia cachaça e açúcar, mas se destacou nitidamente na cultura do café, o ponto forte de seus negócios, realizados através da Firma Pio Gonçalves & Irmão, fundada em sociedade com seu irmão Pio. A sede das transações era a loja “A Primavera”, no arraial de Santa Maria, na atual Rua Padre José Martins.
Antes de 1900, porém, ele se afastou do cargo e da sociedade, indo residir em Diamantina, sem se alterar com isso o nome da Firma.
O ouro foi o segundo foco de negócios de Sô Cotta. A aquisição de objetos de prata ocorria em menor escala. Por seus méritos de arguto negociador, sempre à frente dos acontecimentos de sua época, alguns proprietários de minas e jazidas minerais o elegeram como seu representante junto a ingleses, americanos e franceses que, por volta de 1911, chegavam à região no intuito de explorá-las. Atuou também no comércio de gado e animais de tropa e a prestação de serviços.
Foi agente de assinaturas de jornais e aquisição de bilhetes de loteria, encomendados da Corte, para os clientes.
Como político, Sô Cotta foi vereador da Câmara Municipal de Itabira, foi Presidente do Conselho Distrital de Santa Maria e cofundador do Partido Republicano em Itabira. E pela influência que exercia, não só em terras de Santa Maria e de Itabira, mas por toda a região, recebia cartas de grandes políticos solicitando apoio para sua candidatura.
Francisco de Assis Gonçalves faleceu em 13 de março de 1926, na sua fazenda em Santa Maria de Itabira.