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Datas de existência
Histórico
José Aparecido de Oliveira nasceu em São Sebastião do Rio Preto, distrito do município de Conceição do Mato Dentro, em 17 de fevereiro de 1929 e faleceu em Belo Horizonte em 19 de outubro de 2007, filho da professora Araci Pedrelina de Lima Oliveira e de Modesto Justino de Oliveira.
Entre 1946 e 1947, atuou no jornal Informador Comercial, futuro Diário do Comércio, onde fazia comentários políticos na coluna “Política, Políticos e Politiques – Homem da Rua”. Era um período de redemocratização do país, liberdade de imprensa e reativação das articulações político-partidárias. Paralelamente, José Aparecido é admitido como funcionário da Secretaria da Agricultura de Minas Gerais e em 1948, foi transferido para Rádio Inconfidência de Belo Horizonte.
A partir do jornalismo e de sua atuação no Estado, aproximou-se de políticos como Américo René Giannetti e José de Magalhães Pinto, então Secretário de Finanças do Estado.
Em 1954 foi nomeado Chefe de Gabinete do prefeito de Belo Horizonte Celso Mello Azevedo.
As suas articulações e vinculações udenistas aproximaram-no de José Magalhães Pinto. Filia-se ao partido União Democrática Nacional (UDN) que tinha em Magalhães Pinto uma de suas principais lideranças.
Na campanha presidencial e estadual de 1960, José Aparecido aproxima-se também de Jânio da Silva Quadros, candidato a uma frente de partidos políticos liderada pela UDN. Simultaneamente participa das campanhas de Magalhães Pinto e Ney Braga candidatos, respectivamente, aos governos de Minas Gerais e Paraná.
Em 1960, integra a comitiva do futuro Presidente da República Jânio Quadros durante viagem à Cuba, a convite de Fidel Castro. Em julho de 1960, assume a função de principal coordenador da candidatura janista. Eleito, Jânio o nomeia Secretário Particular da Presidência da República, cargo do qual toma posse a 31 de janeiro de 1961.
Após a renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, reaproxima-se do Governador de Minas Gerais, José Magalhães Pinto. Foi nomeado Secretário da Agricultura do Estado de Minas Gerais cargo que exerceu em 1962. No mesmo ano, foi eleito Deputado Federal.
Em 1963, foi nomeado Secretário de Governo do Estado de Minas Gerais e em 1964, retoma as atividades parlamentares, tendo os seus direitos políticos cassados com o Ato Institucional (AI-I) em 10 de abril.
José Aparecido se manteve desenvolvendo atividades empresariais, participando de atividades e iniciativas na área cultural e atuando informalmente próximo a políticos do interior do Estado de Minas Gerais, principalmente de sua terra natal, Conceição do Mato Dentro.
A Lei de Anistia, em 1979, restaurou os direitos políticos dos deputados cassados pela Golpe de 1964.
José Aparecido, Magalhães Pinto, Tancredo Neves, Hélio Garcia, Itamar Franco e outros políticos fundam em 1980, o Partido Popular (PP). Em fevereiro de 1982 o PP é incorporado ao PMDB. Tancredo Neves e Hélio Garcia se candidatam ao Governo de Minas e José Aparecido à Câmara Federal. Com a eleição de Tancredo, José Aparecido tornou-se Secretário de Cultura do Estado. No governo Sarney foi o primeiro ministro de Estado da Cultura e pouco depois tornou-se governador do Distrito Federal, cargo que ocupou de 1985 a 1988. Ainda no Governo de José Sarney, dos anos de 1988 a 1990, assumiu o cargo de ministro da Cultura e se empenhou na assinatura do Ato Constitutivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa.
Em 1992, José Aparecido foi nomeado embaixador do Brasil em Portugal e apresentou a proposta de criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que foi concretizada em junho de 1996. José Aparecido também exerceu o cargo de assessor especial de relações internacionais do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, e presidiu a Fundação Oscar Niemeyer.